segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Austeridade e Acalmia

Depois de uma semana em cheio, com visitas a porta-aviões americanos, comida rápida à descrição e uma função bem cumprida, é chegada a hora da austeridade e da acalmia. Austeridade como rigor na forma de gastar as economias e também na forma como se analisam os projectos pessoais de longo prazo, geradores de poupanças. Acalmia como o período que se segue a um outro de grande agitação, parecido ao que tive durante a semana que passou, para me habituar novamente à rotina, e cumprir com descrição aquilo que é suposto fazer e desempenhar. Rigor e algum consolo pois os dias enormes estão aí ao virar da esquina.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Na zona de desembarque

Estou na zona de desembarque de um grande porta-aviões americano a receber a tripulação e a garantir a ligação à rede. Desta forma, e devido ao acesso instantâneo às aplicações de comunicação com o outro lado do mundo, estas pessoas conseguem falar ou escrever à sua família. É fantástico ver as caras que surgem no ecrã do computador portátil. A mulher e as crianças ao colo a sorrir e a acenar, a mãe que já não se vê há dias, ou um amigo da sua cidade. Proporcionar estes momentos de ligação é essencial no meu trabalho actual, tal como quando se canta para chegar, através das canções, a outra pessoa que no fundo nos é familiar.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cidade do Conhecimento

A grande aprendizagem de Coimbra, a cidade do conhecimento, é a de que é preciso mais concertos ao vivo, para que o nervoso miudinho que invade o estômago sempre que se sobe ao palco desapareça, e assim a canção ao vivo não falha e ganha uma alma nova, única. Aproveitada sobretudo para namorar, a viagem de ida e volta a Coimbra marca um desejo de voltar aos concertos o mais brevemente possível, em primeiras partes ou noutras lojas em centro comerciais espalhados pelo nosso país, para chegar a mais gente. E é bom voltar aos concertos, e voltar a Lisboa depois de ver Coimbra desde o Fórum com a linha das serras ao fundo e os moinhos de vento a girar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A Realidade Romanceada

Da imaginação à concretização vai um grande passo. A concretização da obra de vídeo que apoiou a primeira investida discográfica transformou-se numa ideia que absorveu demasiada energia para que tão belas imagens fossem produzidas. A fidelidade à ideia inicial prevaleceu, e as imagens que aqui ficam reproduzem a realidade de uma forma romanceada. A viagem de um casal de regresso à cidade, em pleno Verão, para aproveitar uma tarde no grande jardim do lago, para namorar e viver a história da sua vida. A única coisa que irá permanecer será esta estação do ano, infindável e infinita. Um grande obrigado a todos os que tornaram possíveis estas imagens.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dia mais importante

Avançam os dias e o calendário aperta para a preparação do grande dia. Procuram-se ultimar os pormenores, o guarda-roupa e o fotógrafo, a lista de convidados e a ementa do almoço. Até ao mês de Maio tudo gira em torno deste grande acontecimento, de partilha e comunhão, entre duas pessoas e o divino. A família irá reunir-se e testemunhar o nascimento de mais um vínculo, nascido da relação entre um homem e uma mulher, dispostos a respeitarem-se e protegerem-se até ao fim dos seus dias. Será o dia mais importante das nossas vidas e tem origem no amor e na grandeza do sentimento que nos uniu.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Neto mais Velho

Hoje recordo a minha avó materna, que completaria oitenta e um anos no dia que hoje passa. Vivi muitos anos com a minha avó em Lisboa, foi com ela que estive nos anos da universidade, das saídas intermináveis, dos amigos que apareciam para almoçar e das viagens de carro no Lancia que a minha avó herdou da minha tia mais nova, e que a minha avó me emprestava todos os dias. Com a minha avó regressei aos meus valores de infância, à importância extrema dos laços familiares e da religião cristã no meu crescimento. Inesquecível sorriso de Mona Lisa, um exemplo para sempre. Do neto mais velho, com imensas saudades.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Domingos de volta

A tomada de algumas decisões de organização de tempo para poder ganhar o dia da semana de descanso por excelência, cultivando o passar das horas, viajando de carro junto ao mar, almoçando com os avós, ensaiando os concertos próximos e lanchando no centro comercial do fim da marginal, comendo croissants e bebendo o café com leite, em chávena e no copo. É bom ter os domingos de volta. O primeiro dia da semana para olhar de frente o tempo que resta, todos os primeiros dias. Abdicar deste dia durante um par de anos apenas até ao momento que o próprio dia voltou a reclamar a sua importância e vitalidade. Ontem e para todo o sempre.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Malangatana



Tentativas Vitralicas
Malangatana (1982)
Óleo sobre tela
150 × 150 cm
Colecção Privada

Pulverizada

Na descoberta de novas bandas e de novas canções interessa-me sobretudo entender a forma e o conteúdo, uma determinada ideia ou sequência, um efeito de gravação ou repetição, seja esta ideia tocada ou produzida, inventada ou reinventada. Daquilo que já foi dourado e que hoje é lixo para voltar a brilhar com outra forma, outro sentimento e outra roupagem. É a clássica premissa de que nada se perde e tudo está em constante mudança. Em vez de tentar agrupar ou etiquetar, tento ouvir, entender e aprender, ou desaprender. Tudo está em constante atomização. Tentar agrupar algo que é atómico é como juntar qualquer coisa que foi pulverizada.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ano da Fundação

Meia-noite e mais um ano se inicia. Desejam-se felicidades e bons augúrios. O ano que começa será o ano da fundação. Serão construídas as bases para um grandioso futuro, que seja duradouro e que permaneça para além do tempo. Tudo se inicia este ano, a casa voltada para leste, na freguesia grande e antiga, e a cerimónia única e irrepetível, na capela do antigo Convento. Um matrimónio como comunhão de vida. Tudo isto para se fundarem os pilares de uma família, para dar continuidade à nossa história e existência até ao fim de todos os séculos que existirão. A fundação como base dos alicerces de uma arquitectura de um edifício maior.