sábado, 22 de outubro de 2016

Absoluto

Passou o tempo e não existiu nada para escrever. O silêncio tem tomado cada vez mais este espaço, até chegar o tempo de ser absoluto. Como os pingos de chuva que caíam enquanto esperava o autocarro da rede da madrugada com os meus antigos mocassins calçados e via os carros e os táxis a passar. Em silêncio. Isto já depois de mais uma festa de aniversário numa casa na Lapa. Prepara-se o funeral da editora que um dia foi a razão da existência deste espaço. O pensamento desse dia entristece os dias que vão passando e desse acontecimento, mas como já foi escrito antes: das ruínas construiremos o futuro, da morte faremos vida. Para já é só o silêncio que vai dominando e alastrando. Não deixo de pensar que isso pode ser bom, preparar o que vem sem dizer a ninguém o que se passa.

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