De Corroios com Amor
Ainda estou a refazer-me do furacão que passou em Corroios ontem à noite. Furacão talvez não tenha sido, mais um comboio a vapor que custou a arrancar, mas quando atingiu a velocidade cruzeiro congregou por inteiro as atenções de todos os presentes. Digo custou a arrancar porque tanto a "O Silêncio" como a "Fogo Posto" foram tocadas a um ritmo mais lento do que o que seria desejável, mas quando chegou o encore, com a "Tarde Livre II" e a "Cruz Vermelha", este revelou tudo o que a banda Os Golpes têm para dar ao nosso país: Roque tradicional, com garra, pose e coração. A primeira banda para encher um estádio desde os GNR ou os Xutos. E não me venham pedir para controlar-me, é impossível não reagir à batida militar d'Os Golpes. Tudo em sentido, a marchar.
7 Comentários:
Muita atenção a estes Golpes. A mais promissora banda portuguesa dos últimos 30 anos. Uma marcha que ainda vai dar muito que falar.
Atenção, sim. Mas pelas razões justas e verdadeiras.
Mas há razões injustas e falsas?
Há. Razões parciais e fictícias.
Almirante, que irritadiço que andas. Calma, pá. :-)
Vi esses Golpes na Casa das Artes de V.N.Famalicão. A coisa começou logo bem quando entraram e me mandaram levantar. É que nem que Jim Morrison(ou Jesus Cristo? Estou confundido) voltasse à terra nenhum artista me mandava levantar, preferia que me incitasse a levantar, mas isso não aconteceu.
Para além da tentativa de reencarnação do Pedro Ayres Magalhães em vida e de umas guitarradas à Franz Ferdinand, pouco vi.
Certamente fiquei impressionadao com o estilo novo-marialva(ou estado-novo marialva? - confundido de novo), e com uma nostalgia de regresso a uma tradição que tão bem é retratada por Antero do Quental nas «Causas da decadência dos povos peninsulares». Estou desejoso que os tempos da fidalgaria que nos trouxe até 1910 voltem, então não estou? Sempre sonhei ser o Eusebiozinho do Eça.
De razões parciais e fictícias estão os detractores d'Os Golpes cheios.
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