Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco, Os Golpes

Chego, enfim, ao disco nacional mais marcante do ano. Cruz Vermelha Sobre Fundo Branco, d'Os Golpes. Antes de iniciar a justificação para esta escolha informo já que há uma boa selecção de discos nacionais do ano aqui. Prossigo então. Há muito tempo atrás, há mais de dois anos, vi a banda que iria mudar o percurso da minha vida. Chamavam-se Os 400 Golpes e tocavam com uma urgência impossível de ignorar em locais obscuros de Lisboa à luz do dia para cinquenta pessoas. O disco que chegou às bancas este ano é o reflexo de parte desta imagem. Mais de metade do disco estava feita já nessa altura. Os fatos mudaram, as letras e o nome encurtaram e os arranjos tornaram-se mais eficazes. Mas a urgência não desapareceu. Faltava apenas um rumo, um objectivo. Assim terá nascido a Amor Fúria. Assim nasceram Os Golpes. Mais do que ser eu a escrever sobre este disco, deixo algumas citações que se perderam com o tempo e nunca chegaram a ser gravadas. Fazem parte, na minha opinião, do processo que levou ao disco. Unificam o seu espírito. Resumem toda esta violência. Para mais tarde recordar:
Estou no centro do meu país
Galgos de dentes brancos a brilhar
Sabes a vida não é só esta canção
Mas não há muito mais a acrescentar
A partir daqui a vida mudou. A partir daqui nada é impossível. O passado, o presente e o futuro está nas nossas mãos.
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