sábado, 15 de julho de 2017

Eternidade

Tudo começa com o corte do cordão umbilical, o primeiro choro, o toque pele a pele, a primeira mamada. Tenho tido o privilégio de assistir aos primeiros momentos dos meus filhos. No nascimento do segundo cortei o cordão umbilical, que liga o bebé à mãe. O momento do parto é de uma violência amorosa clara. O esforço conjunto da mãe, do bebé e da equipa hospitalar conflui no nascimento, em que vemos e tocamos o recém-nascido. Recordo aquilo que já escrevi anteriormente sobre isso. Agora que já passaram alguns dias desde o nascimento é bom reviver esse tempo, como um filme em câmara lenta em que as imagens param e o som é sustentado por uma nota só durante largos segundos que parecem eternos. É essa eternidade que alcançamos quando somos testemunhas de um tão grandioso acontecimento. Ficamos para sempre marcados, eternamente imbuídos de felicidade.

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