domingo, 17 de agosto de 2008

Barba de Cascais



Neste fim-de-semana pensei em mudar a frase-lema do meu blogue, para "uma gaja sem pêlos é como um homem sem barba", escrita por B Fachada e cantada no MINI CD: Produzido Por Walter Benjamin lançado pela Merzbau este ano. Não, não é o Walter Benjamin filósofo, nem o B é de Belchior. Depois disto perdi a vontade de andar novamente barbeado e de voltar a viver em Cascais. Além do mini CD, que é mesmo mini, deixo-vos o vídeo do Fachada num cabeleireiro de homens no Barreiro.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

As Trevas

Nunca fui muito dado à crítica e raramente escrevo sobre cinema, hoje abro uma excepção. Fui há umas semanas ver "O Cavaleiro das Trevas", o último episódio da saga de mais um personagem da banda desenhada, o Batman. Não gostei do filme. Cheguei ao final sem perceber o argumento tal foi a panóplia de cenas de acção do início ao fim do filme, como se de um videojogo tratasse. Se era suposto sentir medo, não senti. Se era suposto divertir-me, não aconteceu. A minha ideia das trevas está muito mais próxima do argumento do "Eu sou A Lenda", filme que me fez tremer na cadeira durante a primeira hora. As trevas destes tempos são as máquinas promocionais das grandes empresas e a procura incessante de prazer imediato do grande público.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pope Primavera/Verão



O último disco que destaquei, o de Atlas Sound, com o longo título Let the Blind Lead Those Who Can See but Cannot Feel tem avivado as memórias que tenho do concerto de Bradford Cox em Barcelona no Primavera deste ano. Durante o concerto, enquanto apresentava as canções, o líder dos Deerhunter ia contando histórias do dia-a-dia durante a digressão, como a visita ao Castelo de Málaga com os Animal Collective, a compra do novo casaco bege para o proteger da chuva e a revelação que ele próprio tinha tido aulas para dominar a caixa de ritmos com o Panda Bear. O álbum é feito de canções que Bradford não consegue encaixar nos Deerhunter e revela uma faceta surpreendentemente pope, com base nos 60s e com algum shoegaze à mistura. De todas as canções, "Recent Bedroom" é a melhor.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Rumo a SO

Desde escreverem que são os Strokes portugueses ou a nova coqueluche do roque nacional até roque pope sub-Xutos banal e serem o alvo predilecto do maior número de anónimos do blogue da Radar, tudo se opina sobre Os Pontos Negros. Os Pontos Negros não vêm salvar ninguém nem são a oitava maravilha do não-império. Os Pontos Negros são uma banda real que escolheu cantar em português e fá-lo bem. São rapazes novos que se divertem a criar música que é boa. Amanhã parto rumo a SO com a banda. Para não dizerem que não sabem quem eles são da próxima vez que se cruzarem com eles, decorem estas caras e estes nomes.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Agosto em Lisboa

Este é o texto promocional que seguiu para a lista de mailes da AF. Foi o primeiro texto que fiz para anunciar um concerto promovido pela AF. Aqui fica em partilha. O concerto é do Samuel Úria, dia 7 de Agosto às 21:30, na Livraria Trama.

Olá, é Agosto.

Em Agosto, em Lisboa, faz calor e as pessoas vão todas para o Algarve. Felizmente o Samuel Úria está habituado ao calor do Alentejo, onde habita actualmente e aguenta bem as altas temperaturas. Por isso desafiámos a Livraria Trama a receber o cantor sem medo do Agosto da cidade.
Em Paris não faz tanto calor e em Tiananmen chove.
Lisboa está quente e tem o Samuel Úria.

domingo, 3 de agosto de 2008

S. Kierkegaard



O vídeo da canção "Beijas como uma Freira" contém várias frases de teólogos importantes do Protestantismo. Apesar de ser católico, é pena que uma delas mal se decifre. Como o teledisco emana luz e estas frases também, aqui fica a citação.

A tragédia da nossa época é que
toda a gente diz a verdade
quão melhor seria se todos mentissem
e as pedras dissessem a verdade

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tarde Livre Parte III

Já não há grandes canções em Portugal desde os Heróis do Mar. Até agora. Independentemente de tudo o que venha aí, os Golpes pegaram no legado deixado pela maior banda portuguesa de sempre e escreveram a mais bela página da breve história da música cantada em português deste século. E ainda falta a parte I e II.

És tão linda
És tão grande
Como a estátua do padroeiro
No centro do largo municipal

Leva-me pela mão
A passear pelo jardim
Leva-me pela mão
Que eu agarro com força

Nunca mais me deixes à
Porta do colégio
Nunca mais me deixes à
Porta da igreja

O sol a querer
O portão a fechar
E eu sem
Uma bola para chutar