terça-feira, 28 de junho de 2016

Origem do Nome

Todos nós começamos a ter noção do nosso nome muito cedo, mas demoramos mais tempo até perceber a sua origem. Hoje, na véspera do dia do santo que me deu o nome, é mais um dia para entender o princípio dessa nomeação. Foi nesta data, há trinta e cinco anos, que recebi o baptismo. Foi hoje há poucas horas que recebi a mensagem da minha mãe a pedir a protecção do santo que me dá nome. Esta história católica, que me chega através da tradição e da prática, significa que a minha origem é esta, a minha raiz é esta. É uma dádiva poder saber a nossa origem e saber que fomos protegidos desde o nascimento e que essa protecção é humana, através dos nossos pais e familiares, mas é sobretudo divina. Por esta razão agradeço mais uma vez este dia que passou, o dia em que fui entendendo cada vez melhor a origem do meu nome.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Nostalgia Emocional

O melhor momento dos dias de concertos do festival a Norte foi a forma como o Panda Bear cantou a frase I will not give up on you da canção "Loch Raven". Não foi o melhor concerto do festival, nem de perto nem de longe, mas hoje em dia estou cada vez pior na avaliação de conjuntos e cada vez melhor na apreciação de momentos, modéstia à parte. E esse momento, o momento em que a canção ia sendo desfiada à minha frente e ouvia em loop aquela frase com a melodia toda inclusa, recordei outros tempos, outros momentos, outras idades, outras localidades, na forma de nostalgia emocional. Talvez um dia escreva sobre as recordações que tive num par de minutos que passaram como todos os minutos, agora apenas recordarei esse momento e a memória. Por vezes é preciso percorrer uma grande distância, um longo caminho, para num ou dois minutos a nossa vida voltar a ter sentido.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Ao Norte

Já há algumas entradas terei escrito que este ano será o ano em que tenho acompanhado menos os lançamentos de álbuns e canções de artistas internacionais e nacionais. Para combater esta inércia, que se mistura com falta de tempo e falta de predisposição mental, decidimos por altura do Natal adquirir o único bilhete para um festival de Verão desta época que agora se aproxima. Por tradição e fidelidade a escolha recaiu no festival Primavera do Porto, até porque Barcelona exigiria outro tipo de logística, incomportável para o actual momento familiar. Apesar de muitos reveses, alguns deles bons, por haver outros eventos coincidentes, ainda será possível assistir a dois dias de concertos e um deles acompanhado. Dos festivais comerciais que nos são oferecidos este será quase sempre o mais independente ou alternativo, se é que isso ainda existe. De todo o cartaz há dois nomes que destaco por razões afectivas, Brian Wilson e os Animal Collective, por esta ordem, porque o primeiro é mais antigo e os segundos os mais novos. Duas razões mais que suficientes para mais uma deslocação ao Norte.